27 de abril de 2007

 

O inquérito do SNESup

Há algum tempo, o SNESup promoveu um inquérito online sobre a governação das instituições de educação superior, universitárias e politécnicas. Como tenho a ideia, admito que não comprovada, de que os sindicalizados se situam preferencialmente nas camadas mais jovens do professorado, aguardei com expectativa o resultado deste inquérito. Acabou por ser uma desilusão, mas interessa dar a conhecer os resultados.
"A maior parte dos respondentes ao inquérito [JVC - pergunta elementar: quantos?] são docentes de universidades (60%), sendo 40% oriundos do subsistema politécnico. Foram recebidas respostas de 43 instituições diferentes. Uma proporção significativa dos respondentes, quase 2/3, é doutorada. Globalmente, 70,9% encontram-se na condição de Professor e 21,1% são assistentes (outras situações, como a de investigador, por exemplo são marginais). Quase metade (48,3%) está ligada à instituição por contrato e outra metade (45,3%) por nomeação.

Sensivelmente metade dos docentes que responderam ao inquérito fazem ou já fizeram parte dos colégios eleitorais das instituições onde ensinam (50,2% no subsistema politécnico e 47,7% no subsistema universitário). Esta circunstância sugere que o nosso inquérito despertou especialmente interesse em colegas mais motivados para a participação na vida das suas instituições.

É de referir desde já que, confrontados com várias possibilidades de escolha do responsável máximo pela governação das instituições de Ensino Superior (Reitores no subsistema universitário ou Presidentes no subsistema politécnico), os respondentes optam claramente pela opção “eleito por sufrágio universal dos docentes, investigadores, funcionários não docentes e alunos, com voto ponderado” (63,1% - opção que é mais escolhida pelos docentes do subsistema politécnico, 69,2%, que pelos docentes do subsistema universitário, 58,8%). Menos de 1/5 (16,7%), defendem a forma de eleição actualmente vigente (Eleição por colégio eleitoral). E 10,3% advogam a eleição através de um órgão tipo Senado ou Conselho Geral."
Note-se que, como na altura critiquei, este inquérito, ainda por cima, pecou por ir atrás do "modelo" de órgão único proposto pelo governo. O que seria se tivesse incidido também sobre o modelo de dois órgãos ("board" e senado)? Quem teria votado pela nomeação do reitor pelo "board"? Ah, o corporativismo! 40 anos pesaram muito.

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