9 de dezembro de 2006
Falta de originalidade
A utilização das ideias ou de dados relevantes, sem citação, é obviamente criticável. Mais complicado ainda é quando se refere de passagem um autor, mas depois não se diz claramente o que lhe é devido.
É o que se passa com o artigo de João Carlos Espada, no último Expresso, "O futuro da universidade", sobre o que já escrevi como Oxford em polvorosa. JCE está aparentemente defendido, por escrever que Timothy Garton Ash (TGA) publicou um artigo sobre isso no Guardian, para o qual chamei aqui a atenção. Também é certo que, muito brevemente, refere a opinião de TGA. No entanto, creio que nenhum leitor se lembrará de duvidar de que o restante texto de JCE não são as suas ideias, as suas informações, como se presume de qualquer texto de opinião.
Não são. A redacção é de JCE, mas não há uma ideia, uma informação ou um dado numérico que não venha no artigo de TGA. Não há mal nenhum em que JCE concorde com TGA (duvido de que concorde sempre) mas não pode dar a impressão de que foi o primeiro a ter a ideia. Arrogantemente (coisa bem portuguesa-intelectual), JCE esqueceu-se de que não é o único leitor português do Guardian. Deixo bem claro que não estou a acusar JCE de plágio, mas não tenho dúvida em afirmar que a sua lisura de rigor intelectual deixa muito a desejar.
Se JCE fosse apenas um colunista de imprensa, talvez eu não tivesse escrito isto. Mas não, é professor universitário, responsável, em parte maior ou menor, pela formação de muitos jovens. Considero tão essencial esta missão que, a um professor, não posso perdoar nada.
É o que se passa com o artigo de João Carlos Espada, no último Expresso, "O futuro da universidade", sobre o que já escrevi como Oxford em polvorosa. JCE está aparentemente defendido, por escrever que Timothy Garton Ash (TGA) publicou um artigo sobre isso no Guardian, para o qual chamei aqui a atenção. Também é certo que, muito brevemente, refere a opinião de TGA. No entanto, creio que nenhum leitor se lembrará de duvidar de que o restante texto de JCE não são as suas ideias, as suas informações, como se presume de qualquer texto de opinião.
Não são. A redacção é de JCE, mas não há uma ideia, uma informação ou um dado numérico que não venha no artigo de TGA. Não há mal nenhum em que JCE concorde com TGA (duvido de que concorde sempre) mas não pode dar a impressão de que foi o primeiro a ter a ideia. Arrogantemente (coisa bem portuguesa-intelectual), JCE esqueceu-se de que não é o único leitor português do Guardian. Deixo bem claro que não estou a acusar JCE de plágio, mas não tenho dúvida em afirmar que a sua lisura de rigor intelectual deixa muito a desejar.
Se JCE fosse apenas um colunista de imprensa, talvez eu não tivesse escrito isto. Mas não, é professor universitário, responsável, em parte maior ou menor, pela formação de muitos jovens. Considero tão essencial esta missão que, a um professor, não posso perdoar nada.
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